Mais de um século depois de defender terras brasileiras na fronteira com a França, onde se situa o estado do Amapá, Cabralzinho é lembrado com muito orgulho e homenagem por seus conterrâneos. Por conta disso, uma programação festiva (veja no final da matéria) será realizada no município do Amapá, no sábado (14) e domingo (15).
O evento conta com o apoio da Secretaria de Estado e Cultura do Amapá (Secult/AP) no fornecimento de estrutura e artistas para apresentações durante a festa. De acordo com o titular da Pasta, Cléverson Baía, a festividade enriquece a memória do amapaense com história, reavive a cultura e aquece a economia do município.
“Não podemos esquecer da grandeza e importância que Cabralzinho teve na formação do Amapá e da sociedade com seu povo aguerrido, ao liderar um punhado de brasileiro contra uma invasão de militares franceses. Esse resgate é fundamental para o município do Amapá e sua população, que tem Cabralzinho como símbolo de luta e coragem e que fez seu nome dentro desses limites”, concluiu o secretário.
História
No dia 15 de maio de 1895, há quase 127 anos, a vila do Espírito Santo do Amapá (hoje, cidade de Amapá) era invadida por uma tropa da Legião Estrangeira vinda de Caiena, a capital da Guiana Francesa, motivada por ouro e ganancia e de ambições duvidosas.
De acordo com o historiador Fernando Rodrigues, Francisco Xavier da Veiga Cabral, um comerciante franzino, conhecido como “Cabralzinho”, liderou uma resistência brasileira amapaense contra os invasores.
Cabralzinho à frente de 14 milicianos empunhando armas interpelou o comandante dos invasores, o capitão Lunier, e o matou durante luta corporal. Os legionários em maior número reagiram e Cabralzinho e companheiros trocando tiros com eles, recuou para a orla da mata mais próxima para contra-atacar com auxílio de gente que mandara convocar na região dos garimpos.
Os inimigos sobreviventes percebendo que poderiam ficar encurralados fugiram, mas antes assassinaram velhos, mulheres e crianças, decisão cruel e covarde que justificava a índole da soldadesca.
Foi tudo muito rápido e se os brasileiros não puderam vingar seus mortos, a Nação Brasileira reconheceu o heroísmo dos que combateram e o governo da República levou a questão ao arbítrio internacional que resultou no célebre Laudo Suíço em 1º de dezembro de 1900, que ratificou o rio Oiapoque como a fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
Programação:
Sábado 16h – Missa em ação de graça a Cabralzinho 17h – Show com DJ Bruno Mix – Acorde Celeste – Mister Crhys – Nana e Alex – Banda Alto Astral
Domingo 5h – Alvorada 8h – Hasteamento do pavilhão nacional 10h – desfile cívico militar – DJ Bruno Mix 19h – Banda do exército 21h – Aliciely 22h – Taty Taylor 0h – Letícia Auolly